- Emprego de “por que”, “por quê”, “porque”, “porquê”.
a) orações interrogativas diretas — Ex.: Por que você não veio?
b) orações interrogativas indiretas ( = por qual motivo, por qual razão) — Ex.: Não sei por que você não veio.
c) pronome relativo ( = pelo qual) — Ex.: O caminho por que passei era difícil.
2. por quê — grafa-se separadamente e com acento circunflexo quando ocorrer no final da frase.
Ex.: Ele saiu cedo, por quê?
Você não aceitou a minha sugestão. Por quê?
3. porque — grafa-se numa única palavra quando for empregado como conjunção, geralmente causal ou explicativa. Nesse caso pode ser substituído pela conjunção “pois” (aparece nas respostas).
Ex.: Saí cedo porque tinha sério compromisso.
4. porquê — grafa-se numa única palavra e acentuado quando for substantivo. Pode ser reconhecido pela anteposição do artigo ou substituindo-se pelas palavras “motivo”, “causa”.
Ex.: Não entendi o porquê dessa atitude tão agressiva.
- Emprego de “há” (verbo) e “a” (preposição).
Ex.: Há tempos não vejo Cristina.
Cobramos a nota promissória há 30 dias.
2. a — usa-se quando houver a idéia de futuro ou distância.
Ex.: Daqui a pouco serão dez horas.
O homem morreu a três passos de mim.
- Emprego de “se não” e “senão”.
Ex.: Se não vierem todos, como será? (Caso não venham...)
2. senão — usa-se nos demais casos.
Ex.: Tomara que não chova, senão estamos arruinados. (do contrário)
Você não faz senão reclamar. (a não ser)
Não fiz isso com a intenção de magoá-lo, senão de adverti-lo. (mas sim)
- Emprego de “onde” e “aonde”
movimento, deslocamento físico de um lugar para outro.
Ex.: Você está onde?
Onde vocês me viram ontem?
2. aonde — é a combinação da preposição a+onde, que tem classificação diversa, conforme sua utilização na frase. Usa-se com verbos dinâmicos.
Ex.: Você vai aonde?
Ninguém quer voltar aonde eles estão.
Emprego de “mau” e “mal”
1. mau — é sempre adjetivo — seu antônimo é “bom”.
Ex.: Escolheu um mau momento.
Era um mau aluno.
2. mal — pode ser empregado como:
a) advérbio — antônimo de “bem”. Ex.: Ele se comportou mal.
b) conjunção temporal — equivale a “assim que”. Ex.: Mal chegou, saiu.
c) substantivo — quando for precedido de artigo ou de outro determinante. Ex.: O mal não tem remédio.
- Emprego de “mas”, “mais” e “más”
conseguiu.
b) palavra denotativa de situação. Ex.: Mas que sujeitinho asqueroso esse, hem!
2. mais — é pronome ou advérbio de intensidade, opondo-se a menos. Ex.: Ela foi quem mais tentou: ainda assim, não conseguiu.
3. más — é plural do adjetivo má. Ex.: Elza e Sofia são muito más.
- Emprego de “a fim de” e “afim”
2. afim — é adjetivo correspondente ao substantivo afinidade. Ex.: O francês é uma língua afim do português.
Obs.: A língua popular moderna usa a fim de ou apenas a fim de uma maneira bastante peculiar. Ex.: Elisa está muito a fim de você, Luís.
- Emprego de “a par” e “ao par”
2. ao par — quando dois países negociam reciprocamente e um compra do outro tanto quanto este lhe vende, o câmbio está ao par; também ao par estará a ação emitida por uma empresa quando seu valor atual é o mesmo do valor nominal, ou seja, aquele que se encontra declarado na referida ação.
- Emprego de “despercebido” e “desapercebido”
2. desapercebido — desprevenido, despreparado. Ex.: A chuva me apanhou inteiramente desapercebido de guarda-chuva.
- Emprego de “a princípio”, “em princípio” e “por princípio”
2. em princípio — significa em tese. Ex.: Só em princípio todos são iguais perante a Lei.
3. por princípio — quando se faz ou não se faz algo por princípio, isso quer dizer que a atitude não é casual, mas motivada por arraigada convicção. Ex.: Por princípio não dou esmolas na rua.
- Emprego de “todo” e “todo o”
2. todo o — devemos usar todo o, toda a, quando essas expressões forem substituíveis, sem quebra de sentido, por o... inteiro, a... inteira. Ex.: Ele passou toda a vida estudando.
Obs.: Essa diferenciação só é válida para o singular. No plural: as palavras todos, todas sempre se farão acompanhar pelos artigos os, as, independentemente do significado em que tenham sido empregadas.
- Emprego de “sessão”, “seção” e “cessão”
2. seção (ou secção) —significa divisão, parte. Ex.: Comprei essa blusa na seção de roupa feminina.
3. cessão — ato de ceder. Ex.: O prefeito aprovou a cessão desse terreno público.
- Emprego de “ir ao encontro” e “ir de encontro”
2. ir de encontro — ir contra, chocar-se. Ex.: Seu carro foi de encontro ao muro.
- Emprego de “descrição” e “discrição”
2. discrição — qualidade de quem é discreto. Ex.: Conto com sua discrição, não comente isso com ninguém.
- Emprego de “retificar” e “ratificar”
2. ratificar — confirmar. Ex.: Você ratifica o que disse ontem?
- Emprego de “ao invés de” e “em vez de”
2. em vez de — quer dizer em lugar de. Ex.: Vesti uma blusa em vez do colete.
OBSERVAÇÃO: A expressão em vez de pode ser usada nos dois casos, mas a outra expressão não.
- Emprego de “soar” e “suar”
2. suar — transpirar. Ex.: O jogador está suando.
OBSERVAÇÃO: Presente do indicativo:
Soar: soo, soas, soa, soamos, soais, soam.
Suar: suo, suas, sua, suamos, suais, suam.
- Emprego de “devagar” e “divagar”
2. divagar — sair do assunto de que se está tratando. Ex.: No meio da explicação, ele começou a divagar, fugindo totalmente do tema da aula.
- Emprego de “emigrar” e “imigrar”
2. imigrar — entrar em país estrangeiro. Ex.: O Brasil recebe muitos imigrantes.
- Emprego de “eminente” e “iminente”
2. iminente — pode acontecer a qualquer momento. Ex.: A revolução é iminente.
- Emprego de “caçar” e “cassar”
cassar — anular (licença, direitos etc.). Ex.: O governo cassou o mandato do deputado, obrigando-o a retirar-se da vida política.
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